Era uma vez...
Abraão viveu 175 anos; sua mulher, Sara, 127; Noé, viveu 950 anos; Matusalém, seu avô, 969! Certo, são casos raros de longevidade, mas o que está acontecendo agora é uma verdadeira invasão silenciosa. Hoje, eles estão por toda parte. Atravancam as calçadas com seus passos lentos; não pagam passagem e ainda têm assentos preferenciais nos veículos coletivos; lotam os supermercados; e, absurdo dos absurdos, pagam meia-entrada nos espetáculos teatrais, causando enorme prejuízo às empresas de transporte e aos produtores. E, como se não bastasse, ainda reclamam de tudo. Não se fazem mais músicas como antigamente. Nem cantores, nem novelas, nem atores, nem jogadores de futebol, nem médicos, nem professores, nem presidentes, nada. Bom era o bonde, o cinema Metro, a Sears; engraçado era o Silvino Neto, o Oscarito, o Grande Otelo; linda era a Tônia Carrero, a Sophia Loren; galã era o Errol Flynn; craque era o Zizinho, o Garrincha, o Pelé.
Conceição, eu me lembro... no tempo do Getúlio... Copacabana era a Princesinha do Mar...
Mas peraí. Se atualmente é esse descalabro todo que eles tanto apregoam por aí, essa violência desmedida, essa falta de respeito, essa baixaria, essa incompetência generalizada, por que esse apego renitente a algo tão podre, vil e corrompido; por que essa recusa em sair de cena, passar a bola, entregar o bastão; por que tentar driblar o calendário, usando as roupas da neta, pintando os cabelos de louro, de preto, de vermelho, de azul; por que essa ânsia desesperada por mais um suspiro que vença o enfisema, por mais uma risada mesmo que a boca esteja desdentada, por mais um orgasmo aditivado?
Bem... E sem falar no Cafu...
(Artigo sobre Terceira Idade
escrito para O Redentor,
mas censurado pelo editores)
Conceição, eu me lembro... no tempo do Getúlio... Copacabana era a Princesinha do Mar...
Mas peraí. Se atualmente é esse descalabro todo que eles tanto apregoam por aí, essa violência desmedida, essa falta de respeito, essa baixaria, essa incompetência generalizada, por que esse apego renitente a algo tão podre, vil e corrompido; por que essa recusa em sair de cena, passar a bola, entregar o bastão; por que tentar driblar o calendário, usando as roupas da neta, pintando os cabelos de louro, de preto, de vermelho, de azul; por que essa ânsia desesperada por mais um suspiro que vença o enfisema, por mais uma risada mesmo que a boca esteja desdentada, por mais um orgasmo aditivado?
Bem... E sem falar no Cafu...
(Artigo sobre Terceira Idade
escrito para O Redentor,
mas censurado pelo editores)
1 Comments:
O senhor é um monstro de insensibilidade. Todo mundo envelhece. O seu dia também vai chegar.
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