Sobre fardas e batinas

Que as mulheres adoram homens de fardas é sabido por todos. Sejam policiais, marinheiros, oficiais do exército, bombeiros, e há até quem fale em entregadores de pizza e operários em macacões de brim. Nenhuma novidade até aí. Médicos e dentistas com seus jalecos alvos certamente têm também boas histórias para contar. O que se nota atualmente, contudo, é o crescente fascínio que um novo traje parece exercer sobre algumas moças. Falo das batinas.

Considerando que a batina seja a farda dos padres até faz sentido a relação. E, se considerarmos também a atração irresistível pelo proibido, fica ainda mais justificada a cobiça feminina pelo sacerdote da paróquia, ainda que dessas moças deva-se esperar um comportamento mais condizente com o meio religioso. Ou não, também não sei, uma vez que o povo de Deus é composto por pecadores (os arrependidos e os contumazes).

Sobre a notinha publicada outro dia, acerca do incrível concurso de “Miss Freira”, proposto por um padre italiano, uma amiga comentou:

- Ia ser um concurso nem um pouco agradável de ver, já que só tem freira feia.

Fiquei pensando. Será? Prometo observar melhor, agora, aquelas que passarem por mim – com interesse meramente científico, lógico.

Não sei se minha amiga está certa ou não, mas nunca soube, não que eu me lembre, de algum caso de rapaz flertar com alguma jovem freirinha. Prometo pesquisar melhor sobre o assunto também. Aliás, se alguém souber de alguma história, queira, por favor, nos contar.

Voltando ao comentário de minha amiga, e a fim de amarrar definitivamente esta nota, com um suspiro que não deixou dúvida, ela acrescentou:

- Miss freira é difícil, mas um concurso de “O Padre mais gato” vai ter muito concorrente forte. Vai ser uma coisa!!!

Disse isso, depois revirou os olhos e se benzeu.